sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Braz Chediak, o cineasta continua em cena

O mineiro Braz Chediak (foto) ganhou o mundo ainda cedo. Levantou poeira como ator nos palcos do Rio, em Roma, com bolsa de estudos, e retornou para escrever roteiros, dirigir seus próprios filmes, 8 ao todo, e sucessos como Álbum de Família, Banana Mecânica, Dois Perdidos numa Noite Suja, Bonitinha mas Ordinária, O Matador Profissional, Na onda do iê, iê, iê e Navalha na Carne.
Dirigiu atores e atrizes como Vera Fischer, José Wilker, Jece Valadão, Darlene Gloria e Claudia Ohana.

Viveu intensamente as agitadas décadas de 60 a 80, trabalhou para grandes estúdios, e voltou para o sul de Minas depois que o cinema se “transformou numa indústria de pedintes, com diretores de terninho e pasta 007 mendigando verbas aos burocratas dos cofres públicos”.
Comprou fazenda, montou bar, construiu restaurante e agora conduz/dirige crianças/adolescentes pelos caminhos da música e do teatro na sua cidade de Três Corações, em dois projetos que dão certo há anos.
Os projetos “Seu Elias” e a “Banda Tricordiana” ocupam 85 adolescentes de baixa renda, todos os dias, das 11h30m às 16 hs, com alimentação, cuidados médicos, odontológicos e salário, para que aprendam a ser atores, atrizes e músicos, cidadãos de primeira classe numa cidade de 70 mil habitantes e muitos problemas.

A primeira grande revelação dos projetos já está nos palcos do Brasil, na Rede Globo, em novelas e minisséries e se chama Adelaide de Castro, “uma atriz completa, que conhece música, dança e sabe se comportar em cena”.
Aliás, dirigir atrizes é a especialidade de Braz Chediak.
Ele conseguiu fazer com que duas atrizes tivessem as melhores atuações de suas vidas em dois filmes referência na filmografia brasileira: Lucélia Santos, em Bonitinha mas ordinária, da peça de Nelson Rodrigues, e Glauce Rocha, em Navalha na carne, baseado no peça de Plínio Marcos.

Braz Chediak tem um filho artista, Yassir Chediak, um dos grandes nomes da viola caipira do Brasil, que aprendeu violão clássico na Escola de Música da UFMG, e hoje, com três CDs e algumas novelas, se apresenta em shows pelo país.
Yassir Chediak, filho do cineasta, estudou violão clássico e agora toca viola caipira








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