quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A sociedade organizada deve se apropriar dos espaços públicos


Moradora do Sano Antônio, mãe de dois filhos já criados e avó orgulhosa de Ernesto, de 6 anos, a socióloga Marta Helena Riani (foto) começa a voltar ao Parque, que abandonou desde que a filha, Camila, presenciou atos de violência por aqui. Coisa, aliás, que, felizmente, já não faz mais parte do cotidiano dos usuários da pista.

Ao saber do Blog, da Associação dos Amigos do Parque da Barragem e dos projetos para o Novo Parque, ela se anima e se dispõe a participar: “nós temos de nos apropriar do espaço, e a frequência da comunidade é essencial para que isto aconteça”, ensina.

Marta, que morou durante dois anos na Austrália, relembra a Praia de Bondi (pronuncia-se Bon-dai), considerada a mais famosa do país, e uma das principais atrações turísticas de Sydney, onde as pessoas têm acesso por um enorme parque, super bem cuidado.

Atualmente trabalhando em uma ONG de Lagoa Santa, o Instituto Promover, a socióloga constata que está difícil firmar parcerias com o Poder Público, devido à corrupção generalizada que grassa pelo país, atingindo até pequenas prefeituras.

Por isto mesmo, defende que os projetos sociais devem ser implantados e se tornarem vitoriosos por meio da participação real da sociedade, criando processos de discussão que revelem o que pode ser feito e garantam o seu sucesso. 

“No Brasil, infelizmente, falta a mobilização da sociedade para promover mudanças”, lamenta, lembrando as recentes mobilizações populares na Bélgica, na Itália e na China, que ganharam as manchetes mundiais. (post Tetê Rios)

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