sexta-feira, 5 de junho de 2015

Com a crise, a manicure conta nos dedos as clientes de cada semana


Queda da produção industrial, o comércio parado, lojas fechando, placas de aluga-se e vende-se por todo lado, o mercado imobiliário estagnado: o Brasil vive uma das piores crises econômicas de sua história, não há retórica para negar este fato.

E atinge até mesmo a beleza feminina. Que o diga a manicure Mariza Braga, assustada com o comportamento da clientela: “quem fazia as unhas toda semana agora faz de 15 em 15 dias; muitas clientes abandonaram o salão”, diz ela.

O mês de maio, que já se foi, ela considera o pior do ano. “A gente tem de ter um plano B para garantir a renda”, planeja.

Mariza trabalha há dois anos e meio no tradicional Salão Vezzo, instalado na Avenida Guaicuí há uma década. A manicure observa que, na própria avenida, muitas lojas estão cerrando as portas para sempre, por conta da queda da demanda. 

A manicure caminha todas as tardes no parque. Vai em grupo, para espairecer e recobrar as energias. Agora está mais disposta, menos desanimada, apesar da crise, e seu sono voltou ao normal. (post Tetê Rios)

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