quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Dudu do Cavaco, o artista com síndrome, exemplo de inclusão social


Aos 24 anos, Eduardo Gontijo (foto) , ou simplesmente Dudu do Cavaco, é exemplo de garra e superação. 

Ele é o primeiro músico com síndrome de Down no Brasil (e talvez no mundo) a um gravar um DVD, que já está no mercado.

Sua carreira artística, aliás, começou quando, ainda bebê, já participava das rodas de samba da família. 

O menino tomou gosto pela música, aos 12 anos aprendeu a tocar pandeiro e depois o cavaquinho, instrumento que domina com maestria. Toca também percussão e o repenique.

Carismático, ele é, atualmente, um ícone da inclusão de pessoas com deficiência. 

Estimulado pela família, que tem muitos músicos, aprendeu a ler música com um método exclusivo, inventado pelo também músico e seu professor dedicado de cavaco Hudson Brasil, que conseguiu transformar as notas musicais em números.

Hoje, com segurança e sem inibições, sobe ao palco em festas e shows, emocionando o público. Seu irmão e empresário, o engenheiro Leonardo Gontijo, é também um de seus maiores incentivadores. Engajado, Leonardo é o autor do livro Mano Down.

A trajetória de Dudu, porém, não foi nada fácil. Na infância, chegou a ser rejeitado por 17 escolas da capital.

Sua performance nos palcos é a maior lição, tanto para pais de pessoas com deficiência, como para a própria sociedade, de que é preciso ter esperança, sempre

Para Leonardo, pais precisam traçar um projeto de vida para os filhos com deficiência e evitar que eles se acomodem.

“Dudu é hoje uma referência e está ajudando a quebrar uma série de preconceitos existentes em relação a portadores da síndrome”, diz Leonardo, o mano dedicado que acompanha Eduardo em palestras e apresentações pra todo canto. 

Ele dá os últimos retoques no terceiro livro sobre a relação com Dudu, voltado para a fase da juventude e do desenvolvimento da carreira artística do irmão.

E já está na organização da passeata que pretende realizar no Dia Internacional das Pessoas com Síndrome de Down, comemorada em 21 de março.

Dudu, que já subiu ao palco com músicos famosos, como o Jota Quest, tem em seu cavaquinho o autógrafo de Chico Buarque para quem tocou num intervalo de jogo do Polytheama, o time do cantor, em fevereiro passado, no Rio de Janeiro. 

Seu sonho é tocar para Roberto Carlos, de quem é fã de carteirinha. (Post Tetê Rios)

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