domingo, 3 de abril de 2016

Do crack ao coco, Miguel virou empreendedor. Vende 40 frutos por dia


Ex-usuário de crack, Alexandro Miguel Geraldo (foto), morador do Aglomerado Santa Lúcia, é o exemplo vivo de que este trágico vício, que vem assolando a sociedade brasileira, sem distinção de idade ou classe social, pode ser vencido com vontade e persistência.

E ele conseguiu, sem internações, sem medicamentos, apenas pela fé, que adquiriu quando começou a frequentar uma igreja perto de sua casa. 

Em pouco tempo, deixou o crack e começou a trabalhar no Sacolão ABC, ao lado da pista do Parque da Barragem.

De lá, saiu para montar o seu pequeno negócio: um carrinho de água de coco. Com a economia que conseguiu juntar após se livrar do crack, aproveitou a última Black Friday e comprou o carrinho, que custava R$ 1.700,00 por R$ 1.280, à vista, como gosta de frisar.

De segunda a sábado, das 8h às 9h, ele estaciona perto do ponto de ônibus e vende de 30 a 40 cocos diariamente, seja in natura, pra tomar no canudinho, ou gelado, no copo ou na garrafinha. 

O sistema funciona assim: o carrinho tem um recipiente que é cheio de gelo, e uma serpentina por onde o líquido passa até sair em uma torneira, geladinho e sem perigo de contaminação. A mercadoria chega em sua casa, direto da Ceasa.

“Saí do mundão em que vivia e agora já estou até tirando a minha carteira de motorista”, comemora Alexandro. 

Seu sonho, além da CNH, é ampliar o negócio: comprar vários carrinhos, deixar de ser ambulante e se tornar um microempreendedor individual, dando emprego para outras pessoas.

Se depender da garra, ele certamente chega lá. Enquanto isso, começa a ser chamado para trabalhar em festas, e está sempre disponível pelo telefone 9 8920-3512. (Post Tetê Rios)

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